sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

A toda a comunidade educativa da EBI Carregado e a todos os cibernautas que nos consultem, desejamos um Feliz Natal e um Óptimo Ano Novo de 2008 repleto de novas e entusiasmantes leituras!

Boas Festas!!!


Poema de Natal de Miguel Torga

Natal de Miguel Torga

Velho Menino-Deus que me vens ver
Quando o ano passou e as dores passaram:
Sim, pedi-te o brinquedo, e queria-o ter,
Mas quando as minhas dores o desejaram...
Agora, outras quimeras me tentaram
Em reinos onde tu não tens poder...
Outras mãos mentirosas me acenaram
A chamar, a mostrar e a prometer.
Vem, apesar de tudo, se queres vir.
Vem com neve nos ombros, a sorrir
A quem nunca doiraste a solidão.
Mas o brinquedo....quebra-o no caminho.
O que eu chorei por ele!.... Era de arminho
E batia-lhe dentro um coração.
Miguel Torga

Poema de Natal


NATAL ...


Natal, na provincia neva.

Nos lares aconchegados,

Um sentimento conserva

Os sentimentos passados.


Coração oposto ao mundo,

Como a família é verdade!

Meu pensamento é profundo,

'Stou só e sonho saudade.


E como é branca de graça

A paisagem que não sei,

Visto de trás da vidraça,

do lar que nunca terei.


Fernando Pessoa

Notícias Ilustrado, 30 de Dezembro de 1928


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Encontro com José Fanha

Agrupamento de Escolas do Carregado

José Fanha Na Nossa Escola

29 de Novembro de 2007

Achei que o José Fanha é um escritor muito alegre, até me é um bocado difícil explicar porquê, mas gostei muito deste nosso encontro.
Nota-se que ele gosta muito de ler e de escrever, pois fá-lo com uma facilidade incrível! Gostei muito de ver a série que ele escreveu, AS Crianças S.O.S., achei esta série divertida, mas também educativa, porque nos ensina muito sobre os problemas da vida.
As suas palavras sabem a “bombons de chocolate” porque são tão doces como bombons de verdade.
Também acho incrível como José Fanha se coloca no nosso lugar – como adolescente – quando escreve e quando conta as suas histórias, ou quando, procura inspiração nos pormenores das coisas que vai observando, no nosso quotidiano, para escrever, como diz: “escrever é uma forma de roubar a vida aos outros”, gostei, ainda, da parte em que, ao ler excertos do seu Diário Inventado…, conta naquele capítulo Cara de Camelo Engasgado (a história da sua filha Sara que ficava muito amuada por tudo e por nada) quando se zangava e se punha amuada, a minha amiga Sara ficava com cara de camelo engasgado (…) no Jardim Zoológico, há um camelo que, sempre que se zanga, fica mesmo com cara de Sara amuada. Gostei, ainda, daquele capítulo sobre A melhor caneta de tinta permanente do mundo (…) do meu amigo Armando que nunca a usou (…) se calhar até tem a melhor imaginação do mundo, mas deve estar fechada à chave na gaveta do armário para não se estragar”, é claro que percebi que era uma boa solução para dizer que ele não tinha imaginação.

Daniela Pereira, nº 6 – 8º B
(14 anos)

Eu gostei muito do nosso encontro com o escritor José Fanha. Durante o nosso encontro, abordou temas como o racismo, que hoje, infelizmente, está tão em voga.
Do que mais gostei, ainda, foi das histórias que ele teve para contar, que não eram histórias aborrecidas… eram muito interessantes, tal como foi interessante ouvi-lo ler as passagens do seu livro: “Diário Inventado de Um Menino Já Crescido”.
Vou ser sincero, quando li este livro achei-o engraçado, mas quando o ouvi ler pelo seu autor, este livro ganhou “uma alma nova” e fiquei a ouvi-lo como se eu fosse uma personagem sua… aliás, a determinada altura, eu até disse: “os livros lidos assim têm outro sentido, entram de uma forma diferente no nosso ouvido.”
Gostei, particularmente, de um excerto em que o “menino”, tentando imitar os adultos, repete: Há coisas do caneco e depois, em casa, ao espelho, vai repetindo: ”- há coisas do caneco, assim que souber o que aquilo quer dizer estou completamente preparado para ser um homem crescido.”
Eu acho que José Fanha devia dar continuidade a este livro, pois as suas histórias são idênticas às histórias do dia-a-dia.

Ruben Pereira nº 19 – 8º B
(14 anos)

Gostei muito de conhecer José Fanha porque o achei bastante acessível, eu tinha ideia que os escritores se distanciavam muito de nós…
Já li dois livros seus – Diário Inventado de Um Menino Já Crescido e Alex Ponto Com – do que mais gostei foi deste último, porque narra uma bonita aventura com uma “pitada” de informática tão ao nosso gosto. Achei interessante a parte em que o escritor, quando lia as histórias do “Diário Inventado…” disse, pela voz do protagonista: “- as gajas são mesmo lixadas”, percebi, então, que este menino repetia, sem perceber porquê – como acontece às vezes connosco – aquela frase dos adultos, para tentar parecer já crescido.
Também me apercebi que, quando li o Diário Inventado, não o entendi tão bem como agora que o ouvi ler pelo seu autor e também explicar os porquês destas pequenas histórias.
No nosso encontro, falámos também dos “tabus” da vida e dos problemas mais frequentes que continuam a envolver-nos.

Tatiana Pires, nº 20 – 8º B

(13 anos)
O nosso encontro foi interessante e divertido. A primeira vez que me disseram que o escritor José Fanha vinha à nossa escola, pensei que ia ser bastante enfadonho, mas acabou por ser divertido.
Este escritor tem muito jeito para representar o que lê; gostei imenso de o ouvir recitar o seu poema d'As Linhas Paralelas.
Bárbara Carlão nº 3 - 8º E
(13 anos)
Ao ouvir José Fanha, neste nosso encontro, apecebi-me que era um homem simples, divertido, acessível e culto.
A sua vinda incentivou-me à leitura da sua obra, porque achei a sua escrita simples e compreensível, sendo disso um exemlplo a sua obra Alex Ponto Com, de que já iniciei a leitura.
Gostei, também, do modo como nos aconselhou a ler outros autores, contando-nos passagens das suas obras.
Raquel Forte - nº 16 - 8º E
(13 anos)