sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fernando Pessoa na Literatura Portuguesa


Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, em 13 de Junho de 1888 e faleceu em 30 de Novembro de 1935, mais conhecido como Fernando Pessoa, poeta e escritor português, autor de uma vasta obra, ficou conhecido em Portugal e no mundo, quer com a sua produção como ortónimo, quer com os heterónimos que criou, nomeadamente, Álvaro de Campos, o poeta engenheiro, Alberto Caeiro, o guardador de rebanhos, Ricardo Reis, o médico e, ainda, recentemente descoberto, Bernardo Soares.


A Fernando Pessoa, ortónimo, devemos, ainda, a nossa segunda epopeia - A Mensagem - sendo considerado um dos maiores poetas de Língua Portuguesa, a par de Camões, autor da nossa primeira epopeia - Os Lusíadas.
Aliás, para uma melhor compreensão d'Os lusíadas, faz-se, regularmente, uma intertextualidade com a Mensagem e através da profecia do Quinto Império, a Mensagem insere-se, assim, na corrente profética, que corresponde a uma identificação colectiva da nossa Pátria, conduzindo-nos à interpretação, também profética, de Camões, bem como à visão retrospectiva e interpretativa das vivências históricas e culturais deste nosso Portugal, no passado, no presente e no futuro.
O crítico literário Harold Bloom considerou-o, ao lado de Pablo Neruda, o mais representativo poeta do século XX. Por ter vivido a maior parte de sua juventude na África do Sul, a Língua Inglesa, teve muita importância para o poeta que estudou, trabalhou e traduziu aquela língua.
A figura enigmática em que se tornou movimenta grande parte dos estudos sobre sua vida e obra, além do facto de ser o maior autor da heteronímia.

Morreu com problemas hepáticos aos 47 anos, na mesma cidade onde nascera, tendo a sua última frase sido escrita na língua inglesa, com toda a simplicidade que a liberdade poética sempre lhe concedeu: "I know not what tomorrow will bring... " ("Eu não sei o que o amanhã trará").


Autopsicografia


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


27/11/1930
Para saber mais sobre Fernando Pessoa e não só...
c.c.

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