sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril

25 de Abril de 1974
No dia 25 de Abril de 1974, um grupo de jovens capitães levou a cabo um golpe militar que pôs fim a uma ditadura de 48 anos e a uma guerra que já durava há 13 anos. Foram os chamados Capitães de Abril, dos quais se destacou o Capitão Salgueiro Maia que liderou uma coluna militar que vinha de Santarém e que acabaria por tomar o Terreiro do Paço em Lisboa. Foi ainda este jovem oficial do exército (tinha 29 anos, na altura da Revolução) que pediu a rendição do Presidente do Conselho, Marcelo Caetano que se tinha refugiado no Quartel do Carmo.
Esta revolução que só custou a vida de quatro civis que se manifestavam às portas da sede da sinistra Polícia Política do Regime deposto (a PIDE/DGS), trouxe a Liberdade, a Democracia e a Paz ao Povo Português, constituindo um dos momentos mais importantes na história recente de Portugal. A partir desta data foi possível exprimir livremente as opiniões sobre qualquer assunto, sem medo de represálias, organizar partidos políticos e sindicatos livres e dar uma solução política a uma guerra que se travava na Guiné, em Angola e em Moçambique, a denominada Guerra Colonial que durou de 1961 a 1974.
Alguns escritores e poetas portugueses, tais como José Carlos Ary dos Santos, Manuel Alegre, José Cardoso Pires, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca ou Sophia de Mello Breyner puderam exprimir livremente os seus pensamentos e emoções, sem ver cortada as suas mensagens pelo lápis azul da Censura (instituição que não deixava publicar ou exibir mensagens que não fossem de acordo com os princípios ou ideias defendidas pelo Regime).
Nesse dia, o povo chegou à rua para aclamar a Revolução, vitoriando os soldados revoltosos que lhe devolviam a Liberdade e a Esperança numa vida melhor para todos.
Como disse a grande poetisa portuguesa, Sophia de Mello Breyner Andresen sobre este acontecimento histórico,
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.



Militares de Abril de cravo* em punho
* O Cravo tornou-se o símbolo da Revolução porque nesse dia, uma empregada duma conhecida pastelaria de Lisboa que trazia cravos nas mãos para uma festa, contente com o que estava a assistir naquele momento histórico, resolveu oferecer as flores que transportava aos soldados que se encontravam em operações militares. A partir daí, o Cravo passou a simbolizar a Revolução do 25 de Abril.

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